e faço esperança no choro quente do meu recanto
faço aparecer a luz por entre as dores do incompreensível
fazendo sorver na vivência dos encantos das grades
que por for me guardam por dentro do não eu.
e faço esperança no sorriso contemplativo do meu espaço
faço aparecer a alegria entre os olhares corrompidos pelos néctares
fazendo aquecer o esprito de que tudo é tudo
que por tudo se faz o todo mesmo sem poder querer.
e faço esperança aparecer onde o espaço que tenho
é metade do encanto que fiz sobreviver nos intervalos que sou.
e faço esperança sair a cada piscar de olhos onde mantenho
a vida fechada à vivência devida.